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O evento terminou em 13 Fevereiro 2024.
Nos dias 11, 12 e 13 de fevereiro, o Carnaval de Loulé sai à rua (Avenida José da Costa Mealha).
Brincar com matérias sérias e atuais, mas de uma forma pedagógica, é algo que está no ADN deste evento e, nesse sentido, o mais antigo corso do país traz este ano o tema “À descoberta dos ODS”, promovendo no desfile de três dias os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 das Nações Unidas.
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Nos dias 11, 12 e 13 de fevereiro, o Carnaval de Loulé sai à rua (Avenida José da Costa Mealha). Brincar com matérias sérias e atuais, mas de uma forma pedagógica, é algo que está no ADN deste evento e, nesse sentido, o mais antigo corso do país traz este ano o tema “À descoberta dos ODS”, promovendo no desfile de três dias os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 das Nações Unidas.
Com muita brincadeira e boa disposição, cor e música, sem dispensar a “afiada” sátira política, social e desportiva, o desfile será composto por 14 carros alegóricos e mais de 600 figurantes que irão encarnar os 17 ODS que passam, por exemplo, pela erradicação da pobreza, promoção da igualdade de género, educação de qualidade ação climática, criação de cidades e comunidades sustentáveis ou a promoção da paz, justiça e instituições eficazes. A grande novidade deste desfile é o surgimento do 18º ODS, aprovado pela “assembleia geral dos foliões louletanos”: a promoção da brincadeira e dos eventos sustentáveis.
As figuras e os temas da vida política do momento regressam ao sambódromo louletano. Por exemplo, já não é a primeira vez que o tão aguardado novo aeroporto de Lisboa inspira o corso louletano. Em 2024, às opções Vendas Novas, Santarém, Montijo, Alcochete, Pegões ou Beja, junta-se também a hipótese de Loulé vir a receber este aeroporto… Claro que tudo isto não passa da tão afamada paródia louletana que, mais uma vez, brinca com a situação política nacional.
O aumento das taxas de juro e o seu impacto nos empréstimos à habitação, problema que ao longo do último ano tem “castigado” as famílias portuguesas, é parodiado num dos carros alegóricos. O Zé Povinho é a marionete da presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, que tem sido o rosto destes aumentos e portadora das más notícias. Neste carro figura outro tripulante, Mário Centeno, ex-ministro das Finanças e o atual governador do Banco de Portugal.
No contexto internacional, as duas guerras que marcaram os últimos meses são também retratadas num carro alegórico que tem como tripulantes Vladimir Putin, Volodymyr Zelensky e Joe Biden. Enquanto o líder russo está confortavelmente a combater a Ucrânia, a partir do Kremlin, as atenções do presidente norte-americano viram-se agora para Israel/Palestina onde um outro conflito bélico que envolve outros interesses estratégicos no xadrez mundial, em particular no Médio Oriente, parecer estar a ser prioritário para os Estados Unidos.
No mundo desportivo, a luta pela presidência do FC Porto está acesa e este é um rastilho que tanto agrada aos criativos deste Carnaval. Até porque Jorge Nuno Pinto da Costa, o histórico líder portista, é há largos anos um “habitué” no corso louletano e, em 2024, está de novo em destaque, no frente-a-frente com André Villas-Boas. O antigo treinador já assumiu ser candidato ao lugar que desde 1982 é ocupado por Pinto da Costa, mas este não desiste e conta com o apoio do líder dos SuperDragões, o “Macaco” Fernando Madureira. No meio da disputa está o técnico Sérgio Conceição. Três dragões que vão desfilar na Avenida José da Costa Mealha.
Mas há muito mais para ver nestes três dias e não faltarão os ingredientes que tanto agradam aos visitantes que, ano após ano, escolhem Loulé como destino da folia: as bailarinas brasileiras com samba no pé, os batuques fenéticos, os grupos de animação locais a representar associações do concelho que, fazendo jus a esta tradição, levam sorrisos à numerosa plateia e a incomparável beleza dos carros alegóricos que distingue este desfile centenário.
O Carnaval de Loulé 2024 volta a ter um cunho solidário. Os bilhetes têm um custo de 2 euros e as receitas irão reverter a favor das associações participantes no desfile (50%) e a IPSS (50%).